Nos últimos dias tenho falado com um ou outro amigo que sou
piegas mesmo e não vejo problema nenhum em assumir, embora a avaliação das
implicações que isso traz para minha vida não seja das melhores.
Já escrevi aqui que hoje em dia a maioria das mulheres
prefere (a maioria das vezes inconscientemente) se interessar por homens que
não guardam características mais românticas, e ficam amigas daqueles que as
tratam melhor, com mais carinho e com mais respeito.
Isso eu vivo na pele, porque não são raras as vezes que eu
começo a me interessar por uma pessoa, me aproximo e quando começo a me
envolver afetivamente descubro que ela está muito mais interessada em ser só
amiga do que uma “ficante”, namorada, companheira ou coisa assim. Vocês já vão
entender porque dei essa volta toda.
Uma das leis mais antigas que existe, e nos mostra que só
colhemos o fruto da semente que nós mesmo plantamos, e o pleno conhecimento
dessa “lei divina” nos exime principalmente do direito de reclamar de certas
coisas que acontecem em nossa vida. Isso nos diz muito sobre os rumos que
podemos dar em nossas vidas e a necessidade que temos de nos conhecer para
ditar o rumo das nossas atitudes, do que plantamos e, consequentemente, do que
colhemos.
Quando escrevi o título dessa postagem eu pensava exatamente
sobre isso, se colhemos apenas o que plantamos, não temos o direito de
reclamar, e trata-se de uma insanidade desmedida “plantar uma cenoura esperando
colher tomate”. Não são raras as vezes que temos determinadas atitudes esperando
que o resultado seja diferente daquilo que realmente acontecerá, e com isso não
quero dizer que devemos simplesmente mudar o rumo daquilo que somos ou de tudo
que fazemos, absolutamente não.
Cada pessoa tem sua essência, sua personalidade, suas
qualidades e defeitos, se nos interessamos por alguém porque queremos mudá-la
ou consertá-la, já estamos errados. Para pra pensar, o que você estaria
disposto (a) a mudar em você por alguém? E por quanto tempo você estaria
disposto a sustentar essa mudança de comportamento em função de um sentimento?
Ele é forte o suficiente para te fazer mudar pra sempre? E essa mudança que
você proporcionou a si mesmo te faz feliz? Mesmo?
São perguntas que devemos nos fazer sempre, especialmente
quando colocamos na cabeça que queremos mudar alguém. Embora eu não seja
nenhuma criança, também não sou nenhum ancião, mas pelo que já passe posso te
afirmar com veemência que por ninguém, absolutamente ninguém, vale você mudar
sua essência, quem você é. A raiz de toda frustração que leva ao fim de
relacionamentos que pareciam perfeitos está no fato de que, um dos envolvidos,
ou os dois, para atender á necessidades fisiológicas momentâneas adota um
padrão de comportamento que não é seu, na intenção de impressionar outrem, ou
apenas de parecer uma pessoa mais interessante, coloca uma máscara e passa a
viver mentindo pra si próprio.
E volta a pergunta, por quanto tempo a pessoa consegue
sustentar essa farsa? Por mais nobres
que sejam as suas intenções de fazer alguém feliz, não adianta nada proporcionar
felicidade pra quem você gosta se você mesmo não se sente feliz. Dura um pouco,
mas nunca tanto tempo quanto você gostaria, e no momento que tudo acabar começa
um processo de autoflagelo e de cobrança, porque você vai perguntar para a
pessoa inúmeras vezes porque foi que ela te abandonou (ou te traiu, ou
simplesmente não quis mais) e se ela ainda tiver algum carinho por você (de
amizade) vai te falar que não sabe dizer o porquê, mas simplesmente não quer
mais, caso contrário, vai começar a jogar na sua cara alguns dos seus defeitos,
vai te falar sobre comportamentos que você nunca imaginou que a (o)
incomodasse, e toda essa armadura que você usava para sustentar sua mascara vai
cair por terra.
Por esse motivo devemos nos assumir e ser exatamente quem
nós somos. Se a pessoa por quem você está interessado (a) não gosta de você
exatamente pelo que você é, então não leve adiante, não tente mudá-la, nem
tente mudar a si mesmo (a), não se engane! Previna-se do sofrimento vindouro.
Por mais clichê que seja falarmos que se a pessoa não gosta de você pelo que
você é então ela não te merece, isso é verdade, não pense só na pessoa, pense
em você, na sua felicidade, na sua satisfação, nas suas realizações. Uma pessoa
frustrada não causa admiração em ninguém.
Concordo sobre nao termos que mudar por ninguém e que ninguém consegue sustentar por muito tempo, as mascaras caem um dia ou outro... mas acredito que quando nos apaixonamos, somos capazes de mudarmos algumas "atitudes" e nao nossa essencia, carater e etc... acho inclusive que é importante abrirmos mãos de algumas atitudes nossas,de algumas manias e respeitarmos as manias dos outros tb e nao so criticarmos!
ResponderExcluirVerdade Isabela, mas eu acredito muito numa coisinha chamada reciprocidade, quando se ama mesmo e esse amor todo volta na mesma intensidade naturalmente vamos nos policiando pra melhorar. O importante é ambos terem essa consciência, as coisas vão acontecendo ao natural quando há essa troca. Ambos cedem, melhoram e preocupam-se um com o outro sem perder sua essência. Obrigado Pelo comentário!
ResponderExcluirConcoedo plenamente Rapha, quando se ha amor e amor verdadeiro não se precisa de mascaras e elas nunca caem pq não existem, vai ter pontos que se discorde pois cada um tem um ponto de vista, mas amar, amar é aceitar os defeistos, para aceitar tem que ter humildade de amabos para reconhecer que errou, o amor é feito de getilesa, de pedidos de desculpas, de coisas simples, que as vezes esquecemos de usar, mas que faz toda a diferença.
ResponderExcluirE como faz, na faculdade aprendi uma coisa que se encaixa perfeitamente em praticamente todas as situações da nossa vida. Que são os pequenos detalhes que decidem o sucesso dos grandes projetos. Quando trazemos essa frase para o âmbito sentimental ela se aplica ainda mais perfeitamente, porque realmente são os pequenos detalhes, pequenos gestos, pequenas atitudes que fazem-nos aceitar os defeitos e ver que no final das contas valeu a pena. E amar, ah... amar é muito bom, é saudável eu diria.
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