quarta-feira, 11 de julho de 2012

SEJA VOCÊ, POR VOCÊ... PRO SEU BEM!


Nos últimos dias tenho falado com um ou outro amigo que sou piegas mesmo e não vejo problema nenhum em assumir, embora a avaliação das implicações que isso traz para minha vida não seja das melhores.


Já escrevi aqui que hoje em dia a maioria das mulheres prefere (a maioria das vezes inconscientemente) se interessar por homens que não guardam características mais românticas, e ficam amigas daqueles que as tratam melhor, com mais carinho e com mais respeito.

Isso eu vivo na pele, porque não são raras as vezes que eu começo a me interessar por uma pessoa, me aproximo e quando começo a me envolver afetivamente descubro que ela está muito mais interessada em ser só amiga do que uma “ficante”, namorada, companheira ou coisa assim. Vocês já vão entender porque dei essa volta toda.

Uma das leis mais antigas que existe, e nos mostra que só colhemos o fruto da semente que nós mesmo plantamos, e o pleno conhecimento dessa “lei divina” nos exime principalmente do direito de reclamar de certas coisas que acontecem em nossa vida. Isso nos diz muito sobre os rumos que podemos dar em nossas vidas e a necessidade que temos de nos conhecer para ditar o rumo das nossas atitudes, do que plantamos e, consequentemente, do que colhemos.

Quando escrevi o título dessa postagem eu pensava exatamente sobre isso, se colhemos apenas o que plantamos, não temos o direito de reclamar, e trata-se de uma insanidade desmedida “plantar uma cenoura esperando colher tomate”. Não são raras as vezes que temos determinadas atitudes esperando que o resultado seja diferente daquilo que realmente acontecerá, e com isso não quero dizer que devemos simplesmente mudar o rumo daquilo que somos ou de tudo que fazemos, absolutamente não.

Cada pessoa tem sua essência, sua personalidade, suas qualidades e defeitos, se nos interessamos por alguém porque queremos mudá-la ou consertá-la, já estamos errados. Para pra pensar, o que você estaria disposto (a) a mudar em você por alguém? E por quanto tempo você estaria disposto a sustentar essa mudança de comportamento em função de um sentimento? Ele é forte o suficiente para te fazer mudar pra sempre? E essa mudança que você proporcionou a si mesmo te faz feliz? Mesmo?

São perguntas que devemos nos fazer sempre, especialmente quando colocamos na cabeça que queremos mudar alguém. Embora eu não seja nenhuma criança, também não sou nenhum ancião, mas pelo que já passe posso te afirmar com veemência que por ninguém, absolutamente ninguém, vale você mudar sua essência, quem você é. A raiz de toda frustração que leva ao fim de relacionamentos que pareciam perfeitos está no fato de que, um dos envolvidos, ou os dois, para atender á necessidades fisiológicas momentâneas adota um padrão de comportamento que não é seu, na intenção de impressionar outrem, ou apenas de parecer uma pessoa mais interessante, coloca uma máscara e passa a viver mentindo pra si próprio.

E volta a pergunta, por quanto tempo a pessoa consegue sustentar essa farsa?  Por mais nobres que sejam as suas intenções de fazer alguém feliz, não adianta nada proporcionar felicidade pra quem você gosta se você mesmo não se sente feliz. Dura um pouco, mas nunca tanto tempo quanto você gostaria, e no momento que tudo acabar começa um processo de autoflagelo e de cobrança, porque você vai perguntar para a pessoa inúmeras vezes porque foi que ela te abandonou (ou te traiu, ou simplesmente não quis mais) e se ela ainda tiver algum carinho por você (de amizade) vai te falar que não sabe dizer o porquê, mas simplesmente não quer mais, caso contrário, vai começar a jogar na sua cara alguns dos seus defeitos, vai te falar sobre comportamentos que você nunca imaginou que a (o) incomodasse, e toda essa armadura que você usava para sustentar sua mascara vai cair por terra.

Por esse motivo devemos nos assumir e ser exatamente quem nós somos. Se a pessoa por quem você está interessado (a) não gosta de você exatamente pelo que você é, então não leve adiante, não tente mudá-la, nem tente mudar a si mesmo (a), não se engane! Previna-se do sofrimento vindouro. Por mais clichê que seja falarmos que se a pessoa não gosta de você pelo que você é então ela não te merece, isso é verdade, não pense só na pessoa, pense em você, na sua felicidade, na sua satisfação, nas suas realizações. Uma pessoa frustrada não causa admiração em ninguém.

4 comentários:

  1. Concordo sobre nao termos que mudar por ninguém e que ninguém consegue sustentar por muito tempo, as mascaras caem um dia ou outro... mas acredito que quando nos apaixonamos, somos capazes de mudarmos algumas "atitudes" e nao nossa essencia, carater e etc... acho inclusive que é importante abrirmos mãos de algumas atitudes nossas,de algumas manias e respeitarmos as manias dos outros tb e nao so criticarmos!

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  2. Verdade Isabela, mas eu acredito muito numa coisinha chamada reciprocidade, quando se ama mesmo e esse amor todo volta na mesma intensidade naturalmente vamos nos policiando pra melhorar. O importante é ambos terem essa consciência, as coisas vão acontecendo ao natural quando há essa troca. Ambos cedem, melhoram e preocupam-se um com o outro sem perder sua essência. Obrigado Pelo comentário!

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  3. Concoedo plenamente Rapha, quando se ha amor e amor verdadeiro não se precisa de mascaras e elas nunca caem pq não existem, vai ter pontos que se discorde pois cada um tem um ponto de vista, mas amar, amar é aceitar os defeistos, para aceitar tem que ter humildade de amabos para reconhecer que errou, o amor é feito de getilesa, de pedidos de desculpas, de coisas simples, que as vezes esquecemos de usar, mas que faz toda a diferença.

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  4. E como faz, na faculdade aprendi uma coisa que se encaixa perfeitamente em praticamente todas as situações da nossa vida. Que são os pequenos detalhes que decidem o sucesso dos grandes projetos. Quando trazemos essa frase para o âmbito sentimental ela se aplica ainda mais perfeitamente, porque realmente são os pequenos detalhes, pequenos gestos, pequenas atitudes que fazem-nos aceitar os defeitos e ver que no final das contas valeu a pena. E amar, ah... amar é muito bom, é saudável eu diria.

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