terça-feira, 20 de novembro de 2012

Amores e Reencontros


Quando começa a tocar aquela musica, você está olhando fixamente para a foto daquela pessoa que te faz voltar a sentir calafrios, aqueles que pulsam em um lugar sobre seu diafragma e fazem todo o seu peito palpitar. Sim, essa mesma sensação que você reencontrou depois de anos, depois de achar que não seria mais capaz de voltar a ter sentimentos puros, depois de você quase ter perdido a fé no ser humano, no ser que te faz amar e depois te vira as costas e te faz sentir essas palpitações já citadas só que de outra maneira, em uma batida dolorosa, que palpita machucando seu peito.

Reencontrar o sentimento que te faz sorrir a toa, reencontrar aquele motivo simples que te faz suspirar no meio do dia, naquele momento em que você está concentrado em outra coisa, e a imagem daquele sorriso e o gosto gostoso daquele beijo roubado passam de relance pela sua fronte, e a gente para o que está fazendo e suspira, com aquele sorriso discreto no canto da boca, nossa boca, que nos faz lembrar daquele gosto suave, o gosto do beijo que você roubou e quando chegou em casa tratou de passar o rosto sobre seu travesseiro pra ver que aquele cheiro ficava por ali, pra voe dormir com aquela lembrança.

Quando toca aquela musica que te faz parar tudo que está fazendo e começar a escrever, e durante esse momento em que você lembra das sensações, da textura do toque, do sorriso fácil e daqueles olhos, AHHH aqueles olhos que eu tenho vontade de olhar durante horas a fil, aqueles olhos por onde tenho vontade de entrar e desvendar cada mistério, descobrir seus segredos e embarcar no mundo que ele enxerga. Ahhh aqueles olhos que me fazem ir dormir e acordar pensando quanto tempo vai levar pra eu poder vê-los, pra eu poder perceber que eles olham pra mim com a mesma vontade, e com a mesma certeza.

Uma musica que me traz sentimentos e sensações de reencontros, ou um simples encontro, aquele mesmo que é capaz de fazer você parar de enxergar tudo que está a sua volta, aquele que faz você se imaginar dentro de um filme, a musica que faz você imaginar a cena do reencontro escutando a musica, a musica... ah musica, arma poderosa que tem o dom de nos fazer fechar os olhos e embarcar pra longe, pros braços da dona daquele gosto gostoso e daqueles olhos, que você quer rever, qu você quer tocar, que você quer sentir, que você quer simplesmente amar.

E pra quem quer saber, a musica que eu escutava no momento que escrevia esse texto a musica está nesse link http://www.youtube.com/watch?v=lrF814OnFQ4&feature=plcp , e a pessoa que me inspirou foi a primeira a ler esse texto. de quem eu ouvi um suave e encantador " não sei o que dizer ...  foi lindo " . Te amo viu

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Seduce my mind and you can have my body! But not...


Seria lindo se fosse essa a sequência lógica de uma conquista, mas tenho presenciado cada vez mais paixonites por acéfalos do que em outros tempos nem tão distantes assim. A impressão que tenho é que a inteligência, boa educação, cordialidade e todos os outros atributos parecidos têm se tornado sinônimo de propensão a um relacionamento chato, cheio de cobranças, muito racionalismo e pouco sentimento.

Um sentimento forte que pode ganhar corpo e se tornar ainda mais intenso, uma vez que se tenha uma convivência harmônica, coesa, em que ambos possam expressar sua opinião e debaterem a respeito de qualquer assunto sem que isso cause algum tipo de desconforto ou acusação (porque duas pessoas inteligentes saberiam fazer isso sem nenhum tipo de crise de ciúmes, ou insinuações maldosas e desnecessárias), tem dado lugar ao frenesi do instinto mais selvagem que o ser humano pode ter, em querer apenas ter alguns momentos de intimidade e depois simplesmente virar as costas para ela sem o menor pudor por si mesmo e pelo outro. Como se o homem (ser humano) fosse um ser irracional, desprovido de sentimento, pensamento ou qualquer outra coisa assim.

Se a aparência física for interessante pouco importa o que tem por dentro, por mais retrógrado que possa parecer esse comentário, é uma realidade da qual eu sinceramente estou farto.  Parece que deixou de ser bom você ser inteligente, ter senso de humor, mostrar que tem opinião própria sobre assuntos alhures. Parece que o que mais importa hoje em um relacionamento é só um bom sexo de vez em quando, pouco contato durante a semana, seja pessoalmente ou por telefone (pra evitar a rotina) pouca conversa, e uma certa dose de adrenalina, de fazer coisas inusitadas, e até mesmo proibidas. Acho válido, mas isso tudo perde o sentido quando o único assunto que se aborda é o porque  que você tá de papo com a fulana no facebook, ou porque você fica olhando pra beltrana quando ela está por perto, e qualquer outra futilidade relacionada a falta do que conversar com a pessoa.

Isso acontece porque a nossa geração desenvolveu um mecanismo curioso de relacionamento, 8 ou 80 literalmente, ou casa rápido ou simplesmente se fecha para relacionamentos de verdade. É óbvio que toda generalização é burra e o que vou falar aqui não se aplica a muita gente, mas eu tenho visto aos baldes pessoas que deixaram de se permitir amar simplesmente porque conheceram um traste, que parecia valer a pena, se envolveram, perderam o relacionamento por motivos diversos e sofreram com isso. Agora me responda com toda a sua sinceridade, desde quando você passou a ter obrigação de acertar sempre em suas escolhas? Outra coisa, o fato de ter errado uma vez quer dizer que você vai errar sempre? Por causa de alguém que te fez sofrer você nunca mais vai deixar alguém se aproximar de você com a intenção de tentar te fazer feliz? E porque você sofreu em um relacionamento quer dizer que você perdeu com isso as chances de ser feliz em toda a sua vida afetiva?

Pois é, todos passamos por experiências que nos fazem amadurecer, e sempre contamos para os outros sobre nossas façanhas e enchemos a boca pra falar o quanto sofremos e fomos fortes  suficiente para sair daquela situação, mas eu mesmo me questiono sobre isso, é realmente força eu me fechar? Minha força consiste no fato de eu abandonar minha coragem e minha ousadia? Nossos pais especialmente sempre nos falam que nos dão conselho porque tem experiência e não querem que a gente sofra o que eles sofreram, mas convenhamos, o que nós queremos contar para nossos filhos? Que demos ouvidos a 100% do que diziam nossos pais e não experimentamos a vida? Não tentamos e por isso não erramos nem acertamos? É isso que queremos? Mostrar para a próxima geração que fomos covardes e assistimos a vida passar diante dos nossos olhos?


Quero encerrar esse texto imaginando que estou olhando dentro dos seus olhos e dizendo pra você, que essa pessoa que agora está pedindo pra entrar na sua vida, provavelmente não tenha nada haver com seu passado, e é ainda mais provável que ela mereça uma chance! Se permita viver, se permita sentir, se permita... se permita! Se deixe apaixonar por alguém com quem você goste de conversar, vai chegar uma hora que é só isso que você vai poder fazer. Tenha suas próprias experiências e as viva intensamente, amanhã vai ser tarde demais.

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Dizendo não dizer


Dizendo que o mundo está estranho, não dizemos que os mais estranhos de todos somos nós mesmo. Ai a nossa vida vira de cabeça pra baixo e comodamente começamos a apontar culpados, culpar sistemas e meios, apontar o dedo tentando responder porquês, mas isso nos angustia ainda mais porque a resposta começa de dentro pra fora.

Dizendo que estamos perdidos em nos mesmos, não dizemos que nosso ego e nossa ansiedade é quem mais tem nos sabotado. Porque tudo que precisamos saber para tomar atitudes certas em momentos adequados nós escutamos, vemos e sentimos, mas não entendemos qual é o tempo certo, e desequilibrando um tripé essencial em nossa vida que deveria ser formado pela paciência, foco e persistência acabamos metendo os pés pelas mãos. O excesso de foco e falta de paciência nos faz perder o “time” das coisas, e transformar a persistência em  chatice, nos torna invasivos e desconexos com a pontualidade dos atos e fatos.

Dito está que colhemos tudo que plantamos, e temos uma capacidade inata de receber o retorno de tudo que fazemos, mas não dizemos nunca que queremos colher maus frutos, mesmo quando plantamos más sementes. Isso porque o ser humano mesmo não querendo sofrer, em dado momento ou dada circunstância da vida acaba desenvolvendo uma capacidade estranha de se auto sabotar, em algum aspecto da nossa vida sempre acabamos por fazer isso. Seja na indisciplina quanto ao trabalho, seja na capacidade relapsa de prestar atenção nos estudos, ou até mesmo na maneira conturbada de amar quem não nos ama, de querer quem não nos quer, de entrar na vida das pessoas na hora, época, circunstância e ambiente errados, e mesmo assim querer amar, querer sentir, aceitar sofrer, sujeitar-se a chorar.

Com isso quero dizer que mesmo quando machucamos nossa alma ainda assim encontramos forças de lugares estranhos, ocultos e inusitados para reerguer a cabeça e continuar tentando, isso porque sabemos quão monótona seria nossa vida se não errássemos, se levássemos ao pé da letra cada conselho que recebemos.  Cada vez que tentamos nos deparamos com duas circusntâncias, acertar ou errar. E quando erramos é quando mais aprendermos, mesmo doendo, mesmo sentindo, mesmo com um aperto tão grande no peito que nos faz esvair em lagrimas. Só o erro nos transforma, só nossos traumas nos fazem diferentes, se acertamos sempre perdemos a humildade e a vontade de tentar.

Diga para você mesmo que sim, você pode errar, mas não diga nunca que você gosta de sofrer. Um grande amiga me deu um conselho ontem de noite que eu faço questão de retransmiti-lo, porque é uma coisa simples mas que todos deveriam seguir.



Foco no trabalho, se apaixone pela arte dentro de você, aproveite a dor e crie, faça coisas lindas e melancólicas e se ficar uma merda, dê risada e pense: eu sou um “jaguara” mesmo, chore tudo que você tem pra chorar hoje, pra não guardar o choro depois, a gente tem que sorrir da própria desgraça pra conseguir sobreviver.