sábado, 20 de abril de 2013

Tão perto e tão longe ...


Dia desses me fizeram uma pergunta e confesso que me bati pra responder, me perguntaram o que é e o que significa o amor para mim. Eu não imaginava que teria dificuldades pra responder essa pergunta justamente pelo fato de minha vida toda ter sido em torno desse nobre sentimento.

Eu respondi que hoje o amor pra mim é algo que está tão perto e tão longe ao mesmo tempo, tenho vivido alguns amores em minha vida, amores familiares, amores com amigos (o qual eu ainda não havia experimentado com essa profundidade), mas o amor entre um casal tem se tornado algo cada vez mais utópico pra mim. Respondi justamente isso, que o bom do sentimento tem estado tão perto e tão longe ao mesmo tempo, eu nunca tive um momento em minha vida em que tivesse feito tanto por mim mesmo como tem sido ultimamente, e com isso eu imaginava que me tornaria uma pessoa mais interessante pra conquistar quem eu gosto, mas tenho observado algo completamente diferente.

Sim, existem pessoas que demonstram interesse por mim, e de forma alguma quero falar isso com a intenção de me promover o qualquer coisa semelhante, eu fico muito triste pelo fato de serem pessoas quem eu não escolhi, e eu não tenho dado chance de viver um amor com uma dessas pessoas porque, estar com alguém pensando em outra pessoa é algo pra mim totalmente repugnante, repreensível e desonesto. E eu não consigo me entregar plenamente enquanto não tirar isso da minha cabeça, enquanto não conseguir olhar para essa pessoa sem me desmontar, enquanto eu não conseguir parar de contar que faz mais de 230 dias ininterruptos que eu não feche os olhos e não veja seu rosto nitidamente em meus pensamentos, na esperança de acontecer algo que eu já tive inúmeras provas de que não irá acontecer.

Tão perto de mim estão algumas das mais sinceras e verdadeiras formas do amor, a amizade que tenho cultivados com algumas pessoas, o bem que minha família me faz (mesmo que volta e meia role alguns conflitos, família é sempre família e eu os amo incondicionalmente, e sinto o mesmo deles) o muito obrigado que escuto quando me pedem um conselho, quando pedem minha ajuda, ou quando alguém reconhece o que eu faço voluntariamente das formas mais simples e mais belas. Isso tem preenchido um bom pedaço do meu coração de maneira incrível, e eu espero que isso nunca mais acabe.

Mas tão longe de mim tem estado o amor da maneira que eu mais sinto falta. Aquele que faz a pessoa te mandar uma mensagem as 3 da manha dizendo “amanha quando você acordar quero que a primeira coisa que você pense seja no quanto te amo, ficarei aqui imaginando seu sorriso ao ler essa mensagem, beijo” ou aquele que me faz enviar um buque de flores num dia e horário qualquer com um cartão dizendo “eu não preciso de uma ocasião especial pra demonstrar o quanto te amo” e depois disso receber uma ligação apaixonada de alguém que está com aquele sorriso que vem depois do suspiro e te diz quase sussurrando “muito obrigado, eu também te amo”. Aquele amor que a gente sente quando fica contando as horas pra chegar o momento do dia em que iremos nos ver, dar um beijo, um abraço carinhoso, e eu sentar na sua frente e te perguntar como foi seu dia, como você está, E REALMENTE ESCUTAR O QUE VOCÊ ESTÁ DIZENDO (porque sim eu faço isso) e passar ali alguns dos momentos mais singelos e mais alegres que a vida ode oferecer.

Esse amor eu sinto, sinto intensamente, e infelizmente a vida não tem me dado a chance de externá-lo, de utilizá-lo com quem eu quero. Talvez seja isso um fruto que eu esteja colhendo de sementes que plantei no passado, talvez seja fruto de sementes plantadas recentemente, ou talvez eu não esteja sabendo conduzir minhas ações e meus sentimentos, ou talvez não seja nada disso e eu estou completamente equivocado. Sinceramente não sei, e confesso que já desisti de tentar entender, por algum tempo fiquei me perguntando se eu não merecia mais viver esse amor, e até comecei a aceitar a ideia de que irei viver a minha vida sozinho, solitário, escrevendo sobre mas não mais vivendo o amor. Hoje não me questiono mais, a dificuldade de compreender o incompreensível pode nos corroer por dentro e nunca nos levar a conclusão nenhuma.

Hoje quero apenas que a vida não permita que eu perca as formas de amor que estão por perto, quero que o amor com minha família e amigos preencha todos os espaços do meu coração e que a esses que estão perto de mim eu possa entregar genuinamente o que eu tenho de melhor, e que esse melhor seja suficiente para que esses amores não me abandonem, que eu os ame cada dia mais e que eles me amem reciprocamente.

terça-feira, 9 de abril de 2013

Você merece ter um romântico apaixonado por você?


Sim eu precisava de um motivo pra voltar a escrever. Esse período que passei sem postar nada por aqui confesso que não foi só um apagão de ideias, foi um período em que meu romantismo e minha vontade de amar quase se esvaíram do eu coração, por causa de pessoas, por causa de minha insistência burra em algo que já tive provas mais que suficientes que nunca deixarão de ser exatamente como já são, não que isso seja um problema, pelo contrário, quem colocava o problema era eu, o que não me dá nem o direito de me decepcionar com outrem.

Mas agora minha vontade de escrever voltou, meu desejo de externar o mais nobre dos sentimentos se reacendeu da maneira mais louca e mais inusitada possível, tudo isso porque escutei de uma pessoa por quem nutri há alguns meses uma paixão covardemente não assumida por mim as seguintes palavras: “E o que a gente vai fazer com o que sentimos, vamos sentar em cima deixar acabar?” e desde esse dia tenho vivido de beijos roubados, libido ascendente, desejos manifesto em pequenas oportunidades e muito, muito fogo. Uma ardência que toma conta de todo meu corpo cada vez que paro pra pensar no quanto fui tolo lutando para tentar tirar de mim aquilo que pode ser um dia o único motivo pelo qual sentirei vontade de respirar.

Eu sou péssimo com julgamentos, e o titulo desse texto pode dar a entender que serei didático e contundente ao dizer quem merece ou não ter em sua vida alguém romântico, mas não, não farei isso porque toda generalização é burra, especialmente quando falamos do ser humano, daquele que é tão complexo em sua concepção, tão exclusivo por natureza e tanto deseja inserir-se em grupos para poder facilitar sua definição por parte de quem quer relacionar-se com o mesmo. Mas não vou terminar esse texto sem falar a respeito do que tenho aprendido nesses primeiros meses de 2013.

Quando eu me interesso por alguém, e por essa pessoa começo a cultivar nobres sentimentos, eu tenho a péssima mania de achar que qualquer traço de comportamento benévolo ou cordialidade no tratamento tende a ser uma discreta tentativa de mostrar reciprocidade e que se eu intensificar o que faço, passo a ter chances do sentimento de outrem assemelhar-se ao meu e com isso começarmos a viver uma historia juntos. O que demoro a me dar conta é que ninguém vai ser recíproco a algo que não sabe do que se trata, e que se a pessoa possui o mínimo de educação ela não vai me tratar mau ou ser grosseira comigo, porque não é esse o tratamento que eu dispenso a ninguém, especialmente se estou começando a amar. Outra armadilha que eu armo pra mim mesmo e sempre caio é fazer mil planos sem nem ao menos escutar um sim, ai quando tenho a brilhante ideia de externar meu sentimento a pessoa se assusta, se afasta, tece uma infinidade de elogios a mim e os conclui dizendo que adoraria sentir o mesmo, mas não é o caso no momento.

Eu não tenho se quer o direito de reclamar disso porque é esse o fruto que colho pela semente que planto com minhas próprias ações e falta de “time”. Vocês não imaginam o inferno que passei até conseguir esfriar a cabeça e concluir que quem tem que resolver isso sou eu, e que ninguém mais além de mim tem a menor culpa por eu estar solteiro a mais de um ano (meu recorde acreditem). Passado esse “inferno auto-promovido” eu levantei os olhos e comecei a olhar e volta, e a vida foi tão boa comigo que me deu a chance de reparar um erro, um erro que eu havia cometido há alguns meses com alguém que, se eu não tivesse sido covarde naquela época, eu não teria causado uma turbulência na vida dela agora, mas mesmo causando preocupações homéricas a ela nesse momento, a vida tem me dado a chance de reparar um erro, e amar alguém que merece ser amada por alguém que trate o amor como ele merece ser tratado.

Infelizmente ainda não posso dizer quem é essa pessoa por alguns motivos bem específicos, mas posso dizer com toda segurança que ela merece ter em sua vida alguém romântico, não to dizendo que eu sou esse cara, nem que sou exemplo de alguma coisa, porque não sou, mas se a vida permitir que essa turbulência passe e deixar eu ficar com ela como eu quero, farei tudo que puder pra proporcionar a ela o que de melhor um sentimento tão nobre como o amor pode  trazer. Ela tem feito em mim muito mais do que o despertar de um desejo ou o nascimento de um sentimento, ela tem sido a responsável por eu continuar acreditando que duas pessoas românticas podem se encontrar e podem oferecer reciprocidade sem achar que se tornarão chatas, pegajosas, grudentas, sufocantes ou qualquer outro desses rótulos que ganham aqueles que não têm medo de assumir seu sentimento.

Nós não temos noção do quanto podemos fazer alguém feliz até encontrar alguém que não tem medo de assumir o que sente, e damos a sorte dessa pessoa sentir por nós o mesmo que sentimos por ela. Por isso que eu sou totalmente contra aqueles joguinhos, aquele monte de coisas que precisamos fazer pra despertar o interesse de alguém, que não são nossas, que não tem nosso DNA, nossa assinatura,  que acabam com nossa espontaneidade, que fazem aquele que amamos se interessar por alguém que não existe. Pra mim um relacionamento começa quando um começa a gostar do outro, se aproxima, e mostra quem é, suas qualidades e possivelmente alguns defeitos, se com isso a pessoa também se interessar ai tem chance de acontecer algo, se não, pule fora, porque se você não souber jogar você vai sofrer.


Todas as pessoas que eu conheço e que um dia já se machucaram com o amor nos dão ótimos conselhos, elas são capazes de nos dar um cartilha com os melhores e mais sábios métodos de se conquistar alguém sem se machucar, sendo frio e até um tanto calculista. Mas se seguirmos todos eles deixamos de ser nós mesmos, e com isso perdemos a chance de ter com alguém que gostamos o amor em sua forma mais genuína. Não sou dono de nenhuma verdade, especialmente as verdades sobre o amor, porque verdade absoluta não existe, o que estou escrevendo é baseado no que passei, no que sofri, no que chorei, no que senti, apenas isso.

Quero terminar esse texto dizendo um sincero MUITO OBRIGADO, a essa pessoa que tem trazido sorrisos tão fortes aos meus dias, que tem me feito tão feliz, a quem eu espero entregar esse sentimento da mesma forma que ele tem acontecido em mim. E que o amor nunca morra, que sempre surjam novos motivos para amar e amar mais.