Dizendo que o mundo está estranho, não dizemos que os mais
estranhos de todos somos nós mesmo. Ai a nossa vida vira de cabeça pra baixo e
comodamente começamos a apontar culpados, culpar sistemas e meios, apontar o
dedo tentando responder porquês, mas isso nos angustia ainda mais porque a
resposta começa de dentro pra fora.
Dizendo que estamos perdidos em nos mesmos, não dizemos que
nosso ego e nossa ansiedade é quem mais tem nos sabotado. Porque tudo que
precisamos saber para tomar atitudes certas em momentos adequados nós escutamos,
vemos e sentimos, mas não entendemos qual é o tempo certo, e desequilibrando um
tripé essencial em nossa vida que deveria ser formado pela paciência, foco e persistência
acabamos metendo os pés pelas mãos. O excesso de foco e falta de paciência nos
faz perder o “time” das coisas, e transformar a persistência em chatice, nos torna invasivos e desconexos com a
pontualidade dos atos e fatos.
Dito está que colhemos tudo que plantamos, e temos uma capacidade
inata de receber o retorno de tudo que fazemos, mas não dizemos nunca que
queremos colher maus frutos, mesmo quando plantamos más sementes. Isso porque o
ser humano mesmo não querendo sofrer, em dado momento ou dada circunstância da
vida acaba desenvolvendo uma capacidade estranha de se auto sabotar, em algum
aspecto da nossa vida sempre acabamos por fazer isso. Seja na indisciplina
quanto ao trabalho, seja na capacidade relapsa de prestar atenção nos estudos,
ou até mesmo na maneira conturbada de amar quem não nos ama, de querer quem não
nos quer, de entrar na vida das pessoas na hora, época, circunstância e
ambiente errados, e mesmo assim querer amar, querer sentir, aceitar sofrer,
sujeitar-se a chorar.
Com isso quero dizer que mesmo quando machucamos nossa alma
ainda assim encontramos forças de lugares estranhos, ocultos e inusitados para
reerguer a cabeça e continuar tentando, isso porque sabemos quão monótona seria
nossa vida se não errássemos, se levássemos ao pé da letra cada conselho que
recebemos. Cada vez que tentamos nos
deparamos com duas circusntâncias, acertar ou errar. E quando erramos é quando mais
aprendermos, mesmo doendo, mesmo sentindo, mesmo com um aperto tão grande no
peito que nos faz esvair em lagrimas. Só o erro nos transforma, só nossos
traumas nos fazem diferentes, se acertamos sempre perdemos a humildade e a
vontade de tentar.
Diga para você mesmo que sim, você pode errar, mas não diga
nunca que você gosta de sofrer. Um grande amiga me deu um conselho ontem de noite
que eu faço questão de retransmiti-lo, porque é uma coisa simples mas que todos
deveriam seguir.
Foco no trabalho, se apaixone pela arte dentro de você,
aproveite a dor e crie, faça coisas lindas e melancólicas e se ficar uma merda,
dê risada e pense: eu sou um “jaguara” mesmo, chore tudo que você tem pra
chorar hoje, pra não guardar o choro depois, a gente tem que sorrir da própria desgraça
pra conseguir sobreviver.
"a arte de sorrir cada vez que o mundo diz não" ;)
ResponderExcluirdificil mas necessário né :D
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