segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Aqueles Momentos


Aqueles momentos em que você fica fazendo infindáveis cálculos para poder saber quando vai novamente ver aquela pessoa. Aquela pessoa que você conversou poucas vezes e que nessas poucas conversas foi capaz de te roubar o fôlego, foi capaz de te deixar sem jeito.

Aquele jeitinho que a gente fica olhando bobo e atônito para essa tal pessoa, sim essa mesma pessoa que tem um falar delicado, ao mesmo tempo consegue (com suas palavras) atingir lugares em sua mente que te fazem viajar, imaginando cenas, fazendo seu corpo ter reações inusitadas. As mãos começam a suar, o pescoço começa a mexer sua cabeça de forma quase desordenada te deixando com aspecto de preocupado, os pés já não ficam mais fincados no chão e começa a dobrar levemente os joelhos como se houvesse uma força, uma sutil força tentando te tirar do planeta.

Aqueles momentos em que os pensamentos já não estão mais aqui, esses espasmos produzidos involuntariamente já nos fazem sentir até a respiração ofegante, e quando finamente você se dá conta de que está tendo atitudes que te mostram da maneira mais vulnerável e sensível que você poderia estar, já não há mais o que fazer, a outra pessoa já percebeu, e sem saber o que fazer gente fica inseguro. Inseguro?! Sim, o nível de adrenalina no qual está submerso nosso coração nesse momento, nos faz apenas ficar olhando nos olhos daquela pessoa que você quer dar um beijo, um abraço, sentir de perto o cheiro do seu perfume, tocar em suas mãos e suavemente cruzando olhares dizer que esperou por aquele momento, e quer vivê-lo como se fora aquele o momento mais sublime de sua existência.

Aqueles momentos onde faltam as palavras certas pra dizer, isso porque você não sabe se quando dito receberá tal afeição reciprocamente, ou ouvirá aquela que são as palavras que você menos gostaria de ouvir, as palavras que podem fazer em um milésimo de segundo ruir todas as suas expectativas e anseios, aquela palavra que pode fazer você voltar a ficar desacreditado do amor e do afeto por mais alguns dias, meses ou anos.

Aqueles momentos em que você se lembra que não quer novamente machucar seu coração, que nem cicatrizado está do ultimo desamor, você recolhe-se em seu silêncio, sim você alimenta a sua alma com a troca de olhares, mesmo que inocente e desprovida de pretensões alhures, você fica feliz com o simples fato de vez ou outra estar por perto dessa pessoa, vez ou outra lhe dar um beijo no rosto acompanhado de um abraço, só pra sentir novamente seu cheiro, só pra poder colocar seu coração por perto, só pra poder estar perto dos seus olhos, aqueles olhos que pra você são a luz de mil estrelas, aquele olhar que te faz acreditar pó uns instantes que é por você que a lua se derrama pelo mar, aqueles olhos pra onde você gostaria de estar olhando quando voltasse a dizer Eu Te Amo.

Aqueles momentos em que surgem questionamentos intermináveis. É paixão? Amor? Afeto? Desejo? Carência? Pureza? Insegurança? Inocência? Não sei, talvez nunca saiba, talvez queira, talvez não, talvez seja só uma confusão, talvez você esteja desperdiçando a oportunidade de começar uma história com o amor de sua vida, talvez você tenha acabado de desperdiçar ou aproveitar uma oportunidade. Como saber? Use a única coisa que todos os seres humanos têm a sua disposição de igual forma, o Tempo, use o tempo, faça-o trabalhar pra você, e seja feliz. 

Um comentário:

  1. O tempo certamente ajuda a achar as respostas - mas não as garante. E só há um jeito de saber: arriscando. ;)

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