Aqueles momentos em que você fica fazendo infindáveis cálculos
para poder saber quando vai novamente ver aquela pessoa. Aquela pessoa que você
conversou poucas vezes e que nessas poucas conversas foi capaz de te roubar o fôlego,
foi capaz de te deixar sem jeito.
Aquele jeitinho que a gente fica olhando bobo e atônito para
essa tal pessoa, sim essa mesma pessoa que tem um falar delicado, ao mesmo
tempo consegue (com suas palavras) atingir lugares em sua mente que te fazem viajar,
imaginando cenas, fazendo seu corpo ter reações inusitadas. As mãos começam a
suar, o pescoço começa a mexer sua cabeça de forma quase desordenada te
deixando com aspecto de preocupado, os pés já não ficam mais fincados no chão e
começa a dobrar levemente os joelhos como se houvesse uma força, uma sutil
força tentando te tirar do planeta.
Aqueles momentos em que os pensamentos já não estão mais aqui, esses
espasmos produzidos involuntariamente já nos fazem sentir até a respiração
ofegante, e quando finamente você se dá conta de que está tendo atitudes que te
mostram da maneira mais vulnerável e sensível que você poderia estar, já não há
mais o que fazer, a outra pessoa já percebeu, e sem saber o que fazer gente
fica inseguro. Inseguro?! Sim, o nível de adrenalina no qual está submerso
nosso coração nesse momento, nos faz apenas ficar olhando nos olhos daquela
pessoa que você quer dar um beijo, um abraço, sentir de perto o cheiro do seu
perfume, tocar em suas mãos e suavemente cruzando olhares dizer que esperou por
aquele momento, e quer vivê-lo como se fora aquele o momento mais sublime de
sua existência.
Aqueles momentos onde faltam as palavras certas pra dizer, isso
porque você não sabe se quando dito receberá tal afeição reciprocamente, ou
ouvirá aquela que são as palavras que você menos gostaria de ouvir, as palavras
que podem fazer em um milésimo de segundo ruir todas as suas expectativas e
anseios, aquela palavra que pode fazer você voltar a ficar desacreditado do
amor e do afeto por mais alguns dias, meses ou anos.
Aqueles momentos em que você se lembra que não quer novamente machucar seu coração, que nem
cicatrizado está do ultimo desamor, você recolhe-se em seu silêncio, sim você
alimenta a sua alma com a troca de olhares, mesmo que inocente e desprovida de
pretensões alhures, você fica feliz com o simples fato de vez ou outra estar
por perto dessa pessoa, vez ou outra lhe dar um beijo no rosto acompanhado de
um abraço, só pra sentir novamente seu cheiro, só pra poder colocar seu coração
por perto, só pra poder estar perto dos seus olhos, aqueles olhos que pra você
são a luz de mil estrelas, aquele olhar que te faz acreditar pó uns instantes
que é por você que a lua se derrama pelo mar, aqueles olhos pra onde você
gostaria de estar olhando quando voltasse a dizer Eu Te Amo.
Aqueles momentos em que surgem questionamentos intermináveis. É paixão? Amor? Afeto? Desejo? Carência? Pureza? Insegurança?
Inocência? Não sei, talvez nunca saiba, talvez queira, talvez não, talvez seja
só uma confusão, talvez você esteja desperdiçando a oportunidade de começar uma
história com o amor de sua vida, talvez você tenha acabado de desperdiçar ou
aproveitar uma oportunidade. Como saber? Use a única coisa que todos os seres
humanos têm a sua disposição de igual forma, o Tempo, use o tempo, faça-o
trabalhar pra você, e seja feliz.
O tempo certamente ajuda a achar as respostas - mas não as garante. E só há um jeito de saber: arriscando. ;)
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