terça-feira, 11 de setembro de 2012

Momentos e Sentimentos


O tempo. Ah, o tempo! Aquele que pode ser o grande vilão dos relacionamentos pode também ser aquele que vai nos fazer viver o resto da vida com alguém especial. É potencialmente confuso pensarmos que o mesmo elemento pode tanto ser um aliado quanto um grande inimigo, sendo algo imutável e sob o qual não exercemos controle quanto a sua concepção e execução.

O primeiro exemplo disso quero dar através de um exemplo que vi acontecer recentemente, mas que já vi acontecendo várias vezes, inclusive comigo. Não são raras as vezes que nos interessamos por alguém que, por nos achar atraente, ou apenas uma boa opção, acabam esboçando uma falsa reciprocidade. Chamo de falsa reciprocidade porque, a pessoa pode até receber seus beijos, seus carinhos, por só te achar bonito e interessante, mas não está disposta a nutrir um sentimento com a mesma intensidade, e isso faz com que ela não de tanta importância assim ao que você sente. Mas não são raras as vezes que, após a pessoa ter se conscientizado de que quem estava de fato interessado por ela é alguém especial ela acaba começando a gostar, e o problema reside no fato de que, ela começa a querer retribuir o sentimento no memento em que você deixou de gostar. Sim, isso acontece com mais frequência do que se imagina, e com isso lindos casais deixam de ser criados por que as pessoas estão em momentos diferentes.

Outro exemplo que também vi acontecer bem próximo a mim recentemente foi quando duas pessoas começaram a se relacionar, a principio com um “acordo de cavalheiros” de não tornar esse relacionamento público com o intuito apenas de não gerar falsas expectativas nas pessoas, não gerar nenhum tipo de especulação maledicente até que o embate viesse a ter sucesso. Era o que se imaginava a principio, mas o que se viu foi esse comportamento de uma das partes apenas, enquanto a outra não queria tornar o relacionamento público simplesmente para não deixar de ter oportunidade de ficar com outras pessoas, nutrir sua "solteirice libertina" e não perder a chance de ficar com outras pessoas que assim como ele(a) não prestam. Esse tipo de atitude causa uma comoção em todos que estão ao redor, porque nunca é de bom tom fazer isso, nem com uma pessoa ruim, quanto mais com alguém que tem um coração de ouro, que tem as melhores das intenções e que tem um desejo eminente de fazer o outro feliz.

Mais um exemplo que vi recentemente foi quando um casal, que se ama, em que ambos nutrem reciprocamente o mesmo sentimento, e no desejo de deixar as coisas com um pouco mais de risco ou simplesmente tentar ao cair em rotina, acabaram estabelecendo uma sistemática de joguinhos, daqueles em que se tenta causar ciúmes e uma certa dose de insegurança, pra tentar fazer a pessoa correr atrás, se mostrar mais interessada e solicita. Acontece que se perdeu o controle desses joguinhos, e hoje um não consegue mais conviver com o outro sem achar que o que está sendo feito pode não ter o objetivo imaculadamente indagado, não há mais aquele clima harmonioso e livre em que um podia fazer qualquer demonstração de sentimento sem que seja julgado de 3 ou 4 maneiras diferentes. Eles acabaram terminando, e voltando, e terminando e voltando e te hoje estão nesse imbróglio porque, mesmo enjoados desses joguinhos, eles ainda se amam. E que louco é o amor não é?

Observando essas historias pude chegar a algumas conclusões. Primeiro, seja transparente. Se você não está ou não disposto a se envolver, a ser recíproco ou se entregar, demonstre isso desde o começo, deixe as coisas claras desde o começo, não é porque uma pessoa gosta de você que a partir daí você tem obrigação de corresponder, mas não é de bom tom enganar ou gerar falsas expectativas em ninguém, por pior que a pessoa seja e por mais que ela mereça. Nunca esqueça que a gente colhe tudo que planta.

Segundo, esteja certo de qual é o seu momento de vida. Se decida quanto ao que você quer nesse momento e assuma isso. Se você que “aproveitar” a vida fazendo festas, ficando com gente aqui e ali, isso não quer dizer que você não presta nem que você está errado, só se torna errado quando você demonstra algo diferente disso para alguém que quer manter por perto simplesmente para nitrir seu ego. Então se assuma, não engane ninguém, e mais uma vez repito, não gere nas pessoas falsas expectativas porque sim, você vai acabar colhendo o que está plantando.

Terceiro e não menos importante, se você ama alguém de verdade e sente reciprocidade, faça um favor pra si mesmo e para essa pessoa, não brinque com seus sentimentos, não faça dos joguinhos uma rotina, porque se não você vai acabar perdendo o seu amor para si mesmo. Pode soar estranho isso mas é verdade, se você cansar o amor dessa pessoa você pode perdê-la  com suas atitudes, sem que ela procure um novo amor ou algo do gênero, ela simplesmente vai se cansar de você e de seus jogos. Então me prometa uma coisa, não lute contra si mesmo, lute contra aquilo que te faz mau porque o restante são as coisas que te fortalecem e te dão condições para continuar plantando boas sementes e colher bons frutos.

3 comentários:

  1. Só preciso de coragem para fazer isso.

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    1. Sim, coragem e atitude. Mas quando conseguimos entre as recompensas que recebemos, a melhor de todas é a consciência tranquila. Fato

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