Embora o título do texto sugira, a intenção não é falar
apenas de casamentos nesse texto, e sim de relacionamentos num geral. Essa
semana assistindo um tele jornal de manhã, antes de ir trabalhar, eu prestei um
pouco mais de atenção em uma matéria que realmente me surpreendeu. Ver uma
festa de celebração de Bodas de Ouro, atualmente é bem raro, agora, Bodas de
Vinho? Se arrisca a dizer com quantos anos de casamento se comemoram as Bodas
de Vinho? 70 anos, é gente 70 anos de casamento. A tal matéria que eu estava
vendo na TV mostrava que, um Lindo casal estava completando 50 anos de casamento
no mesmo ano em que os pais da senhora que completara bodas de ouro, irão
completar bodas de vinho.
Pra mim, que sou assumidamente romântico, isso é uma
inspiração e tanto, pessoas que se casaram na época em que o casamento ainda
não era considerado por uma grande parcela da população uma instituição falida,
ainda vivos e com forças e lucidez suficiente para celebrar 70 anos lado a
lado, é realmente inspirador (mesmo pra mim que estou divorciado há 3 anos).
De maneira alguma quero dizer com isso que o casamento deles
durante esses 70 anos foi perfeito, ou que não teve suas crises, eu acredito
que tenham acontecidos inúmeros fatos que colocaram em cheque a vontade de
viver um com o outro e não foram raras, mas um casal que se formou no inicio do
século passado (ele com 96 e ela com 93 anos de idade) aprendeu que existem
coisas que nos fazem superar diferenças, desavenças, conflitos e a grande
maioria das coisas que pode findar um matrimonio.
Saber o que é isso é uma missão difícil e que a maioria das
pessoas hoje em dia não está disposta a enfrentar, só aprendemos mesmo quando
nos dispomos a, através do que sentimos, atravessar a vida ao lado de alguém. De
fato eu não sei quais foram os fatores que levaram esse casal a permanecer
tantos anos juntos, mas de uma coisa eu tenho certeza absoluta . Existiu (ou
ainda existe) amor! Pode ser que eles não tenham se casado por amor, poder ser
que tenha sido um casamento a”arranjado” ou N outros motivos. Mas em algum
momento nasceu esse amor, e ele perdurou por todo esse tempo. Se não houvesse
muito amor, os outros sentimentos, atitudes e comportamentos que contribuíram
para a longevidade do matrimonio jamais teriam sido desenvolvidos ou feitos.
Hoje vemos que a realidade não é mais a mesma nesse sentido.
Não podemos desprezar que, fatores externos têm influenciado bem menos no
relacionamento das pessoas, nenhuma mulher (pelo menos no Brasil) tem sido
presa por trair o esposo (ou vice versa), as Igrejas (de um modo geral) não têm
mais dificultado a emissão de documentos de anulação de matrimônio, mesmo que
em seus rituais (missas, cultos ou o que quer que seja) o que é dito e feito
sempre é em função da manutenção e estruturação da família. O fato é que não
existe mais uma sociedade inteira apontando o dedo para alguém e a recriminando
por ser divorciado, pelo contrário, muitas vezes até incentiva que isso
aconteça mesmo, para uma das pessoas (ou ambas) pararem de sofrer.
As pessoas de um modo geral têm outra visão a respeito do
porque realmente vale a pena ter um relacionamento duradouro, mas muitos
simplesmente se perderam nessa revisão de conceitos. Em um dia a pessoa jura
amor eterno e no outro ela simplesmente diz que não é mais isso que quer pra sua
vida e parte pra outra. Motivos? É difícil de explicar e ainda mais difícil de
entender, porque às vezes realmente não há motivos.
Tenho pra mim que mais importante que arrumar um motivo pra
terminar um relacionamento, é mais importante avaliar se vale a pena começá-lo,
não estou falando de flertar, ficar, ter um caso ou algo parecido, mas quando
você toma a decisão de viver uma história mais séria com alguém, pense no que
você realmente quer da sua vida, antes de pensar no que você espera da pessoa,
se os objetivos se encontram, se há pelo menos a intenção de remar na mesma
direção, com o único intuito de evitar frustrações, pra você não criar uma
expectativa enorme em cima de uma pessoa que não tem as mesmas intenções que
você, por mais que você goste, ame ou seja lá o que sinta. Pense no que você
realmente quer da sua vida e se a pessoa que você está escolhendo caminhar ao
lado compartilha disso.
Não sou um defensor radical do “até que a morte os separe” a todo
custo, se algo não deu certo tem que acabar mesmo. Mas sou um defensor de
motivos realmente relevantes que levem a decisão do rompimento de uma relação.
Se você escolheu viver uma vida com alguém, tal decisão foi tomada permeando
uma conotação que remete a seriedade, então seja serio em todas as outras decisões
que envolverem o seu relacionamento. Ser serio em suas decisões não quer dizer
que você vai perder a leveza e a alegria do estar um com o outro, significa
apenas que você ama muito a pessoa, ao ponto de ter maturidade para não brincar
com seus sentimentos. Portanto, ria da vida, leve-a com leveza, mas não brinque
com o coração de ninguém, seja maduro nas decisões que envolvem seu
relacionamento para que ele dure exatamente quanto tempo ele puder durar.
Acho que hoje em dia tudo esta muito mais fácil tanto para se casar quanto para se separar,o casamento já não é levado tão a sério,e por esta facilidade as pessoas acabam não pensando muito antes de tomar uma decisão tão importante como esta,tento em vista que se não der certo simplesmente separa.Fora o fato de que as coisas mudaram muito,hoje em dia o pensamento que prevalece em grande parte das pessoas tanto homens quanto mulheres é "curtir","ficar"coisas que antigamente não eram bem vistas como por exemplo se uma mulher ficasse com vários homens antigamente seria mau vista,seria chamada de vagabunda e outras coisas, e hoje é uma coisa um tanto quanto mais natural.É muito raro a ideia de achar A mulher certa ou o príncipe encantado,o que mais preocupa as pessoas agora é satisfazer seus desejos já que não vão ser julgadas por isto.(lembrando disse que é raro achar,não que não exista).
ResponderExcluirExatamente Diego, é cada vez mais dificil encontrar pessoas que valorizem isso, as coisas mudaram bastante e na busca por melhorar, tem gente que se perdeu. Mas é por isso que é tão bom as pessoas serem diferentes, há quem defenda, há quem critique, sempre aparece alguem com uma tese, ai vem alguem com uma antítese e nos faz repensar, e depois alguem traz uma síntese que nos faz pensar de novo. O mais importante é isso, avaliarmos e evoluir, mas nunca perder a essencia das coisas boas nem naquelas que realmente valem a pena!
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