Sim eu precisava de um motivo pra voltar a escrever. Esse
período que passei sem postar nada por aqui confesso que não foi só um apagão
de ideias, foi um período em que meu romantismo e minha vontade de amar quase
se esvaíram do eu coração, por causa de pessoas, por causa de minha insistência
burra em algo que já tive provas mais que suficientes que nunca deixarão de ser
exatamente como já são, não que isso seja um problema, pelo contrário, quem
colocava o problema era eu, o que não me dá nem o direito de me decepcionar com
outrem.
Mas agora minha vontade de escrever voltou, meu desejo
de externar o mais nobre dos sentimentos se reacendeu da maneira mais louca e
mais inusitada possível, tudo isso porque escutei de uma pessoa por quem nutri
há alguns meses uma paixão covardemente não assumida por mim as seguintes
palavras: “E o que a gente vai fazer com o que sentimos, vamos sentar em cima
deixar acabar?” e desde esse dia tenho vivido de beijos roubados, libido
ascendente, desejos manifesto em pequenas oportunidades e muito, muito fogo.
Uma ardência que toma conta de todo meu corpo cada vez que paro pra pensar no
quanto fui tolo lutando para tentar tirar de mim aquilo que pode ser um dia o
único motivo pelo qual sentirei vontade de respirar.
Eu sou péssimo com julgamentos, e o titulo desse texto pode
dar a entender que serei didático e contundente ao dizer quem merece ou não ter
em sua vida alguém romântico, mas não, não farei isso porque toda generalização
é burra, especialmente quando falamos do ser humano, daquele que é tão complexo
em sua concepção, tão exclusivo por natureza e tanto deseja inserir-se em grupos
para poder facilitar sua definição por parte de quem quer relacionar-se com o
mesmo. Mas não vou terminar esse texto sem falar a respeito do que tenho
aprendido nesses primeiros meses de 2013.
Quando eu me interesso por alguém, e por essa pessoa começo a
cultivar nobres sentimentos, eu tenho a péssima mania de achar que qualquer
traço de comportamento benévolo ou cordialidade no tratamento tende a ser uma
discreta tentativa de mostrar reciprocidade e que se eu intensificar o que faço, passo a ter chances do sentimento de outrem assemelhar-se ao meu e com isso
começarmos a viver uma historia juntos. O que demoro a me dar conta é que
ninguém vai ser recíproco a algo que não sabe do que se trata, e que se a
pessoa possui o mínimo de educação ela não vai me tratar mau ou ser grosseira
comigo, porque não é esse o tratamento que eu dispenso a ninguém, especialmente
se estou começando a amar. Outra armadilha que eu armo pra mim mesmo e sempre
caio é fazer mil planos sem nem ao menos escutar um sim, ai quando tenho a brilhante
ideia de externar meu sentimento a pessoa se assusta, se afasta, tece uma
infinidade de elogios a mim e os conclui dizendo que adoraria sentir o mesmo,
mas não é o caso no momento.
Eu não tenho se quer o direito de reclamar disso porque é
esse o fruto que colho pela semente que planto com minhas próprias ações e
falta de “time”. Vocês não imaginam o inferno que passei até conseguir esfriar
a cabeça e concluir que quem tem que resolver isso sou eu, e que ninguém mais
além de mim tem a menor culpa por eu estar solteiro a mais de um ano (meu
recorde acreditem). Passado esse “inferno auto-promovido” eu levantei os olhos e
comecei a olhar e volta, e a vida foi tão boa comigo que me deu a chance de reparar um erro, um erro que eu havia cometido há alguns meses com alguém que,
se eu não tivesse sido covarde naquela época, eu não teria causado uma
turbulência na vida dela agora, mas mesmo causando preocupações homéricas a ela
nesse momento, a vida tem me dado a chance de reparar um erro, e amar alguém
que merece ser amada por alguém que trate o amor como ele merece ser tratado.
Infelizmente ainda não posso dizer quem é essa pessoa por
alguns motivos bem específicos, mas posso dizer com toda segurança que ela
merece ter em sua vida alguém romântico, não to dizendo que eu sou esse cara,
nem que sou exemplo de alguma coisa, porque não sou, mas se a vida permitir que
essa turbulência passe e deixar eu ficar com ela como eu quero, farei tudo que
puder pra proporcionar a ela o que de melhor um sentimento tão nobre como o
amor pode trazer. Ela tem feito em mim
muito mais do que o despertar de um desejo ou o nascimento de um sentimento,
ela tem sido a responsável por eu continuar acreditando que duas pessoas
românticas podem se encontrar e podem oferecer reciprocidade sem achar que se
tornarão chatas, pegajosas, grudentas, sufocantes ou qualquer outro desses
rótulos que ganham aqueles que não têm medo de assumir seu sentimento.
Nós não temos noção do quanto podemos fazer alguém feliz até
encontrar alguém que não tem medo de assumir o que sente, e damos a sorte dessa
pessoa sentir por nós o mesmo que sentimos por ela. Por isso que eu sou
totalmente contra aqueles joguinhos, aquele monte de coisas que precisamos
fazer pra despertar o interesse de alguém, que não são nossas, que não tem nosso
DNA, nossa assinatura, que acabam com
nossa espontaneidade, que fazem aquele que amamos se interessar por alguém que
não existe. Pra mim um relacionamento começa quando um começa a gostar do
outro, se aproxima, e mostra quem é, suas qualidades e possivelmente alguns
defeitos, se com isso a pessoa também se interessar ai tem chance de acontecer
algo, se não, pule fora, porque se você não souber jogar você vai sofrer.
Todas as pessoas que eu conheço e que um dia já se
machucaram com o amor nos dão ótimos conselhos, elas são capazes de nos dar um
cartilha com os melhores e mais sábios métodos de se conquistar alguém sem se
machucar, sendo frio e até um tanto calculista. Mas se seguirmos todos eles
deixamos de ser nós mesmos, e com isso perdemos a chance de ter com alguém que
gostamos o amor em sua forma mais genuína. Não sou dono de nenhuma verdade,
especialmente as verdades sobre o amor, porque verdade absoluta não existe, o
que estou escrevendo é baseado no que passei, no que sofri, no que chorei, no
que senti, apenas isso.
Quero terminar esse texto dizendo um sincero MUITO OBRIGADO,
a essa pessoa que tem trazido sorrisos tão fortes aos meus dias, que tem me
feito tão feliz, a quem eu espero entregar esse sentimento da mesma forma que
ele tem acontecido em mim. E que o amor nunca morra, que sempre surjam novos
motivos para amar e amar mais.
Que bom querido que você voltou a escrever seu texto é muito inspirador Deus abençoe
ResponderExcluirQue texto lindo...eu ainda acredito no romantismo também.
ResponderExcluirSem comentários, que lindo Rafa, exatamente como penso, me identifiquei muito com tudo o que você disse... Que inspiração hein! Bjão
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