Se existisse uma fórmula secreta ou um remédio que
pudéssemos tomar e com isso saber como amar e como nos relacionar com outrem,
pode apostar que eu seria o primeiro a dividir tal informação, mas também não
quero desanimar nem desmotivar ninguém com tal negativa. Os únicos capazes de realmente nos fazerem aprender a amar são a vida e o tempo.
É engraçado quando paramos para pensar que esses dois
elementos (se é que assim podemos chamá-los) nos ensinam de forma completamente
diferente, cada pessoa têm sua própria noção de tempo e suas próprias lições de
vidas, e mesmo que elas apresentem certa semelhança e tenha uma tendência forte
de convergir no mesmo objetivo, elas ainda sim guardam suas particularidades
quanto ao seu desenho na vida de cada indivíduo.
Esse é apenas um dos fatos que torna o ser humano único e
diferente, poderíamos usar um bom pedaço de texto para falar a respeito as
outras individualidades alheias, mas vou deixar isso para outro texto. O objeto
desse texto é outro, e vamos a ele.
Essa volta que dei foi pra encontrar uma maneira mais
simples de falar sobre determinadas atitudes e posturas que devemos ter e tomar
quando nos dispomos a entregar e receber algo de alguém. Seja em uma reação
afetiva, familiar, amizade ou qualquer outra que seja semelhante. Eu acho que
já perdi as contas de quantas vezes repeti aqui no blog o quão acho os excessos
prejudiciais, em todos os sentidos, ainda mais agora que estou tendo a
oportunidade de dosar as coisas e, pela primeira vez em 28 anos, estou
conseguido.
A tentativa de encontrar o equilíbrio das ações pode nos
levar a exaustão, e sim, nos faz pensar por muitas vezes que nós nunca
conseguiremos fazer as coisas da maneira
certa, mas posso afirmar que vale e muito a pena os exercícios de paciência e
persistência, mas só nos damos conta disso quando começamos a desfrutar da
reciprocidade e entrega de alguém de fato especial.
Mas vale a pena atentar ao fato de que não podemos exagerar
nem pra mais e nem pra menos, esse é o ponto principal desse assunto. Quando nos
entregamos demais assustamos, nos precipitamos e desperdiçamos oportunidades
ótimas, com pessoas maravilhosas, por aplicarmos doses enormes de sentimento.
Por mais que essas grandes doses sejam carregadas de boas intenções e
sentimentos nobres, tal exagero causa desconfortos pelo simples fato de fazer a
exceção se tornar uma regra. A surpresa, o elogio e o algo mais têm que ser
diferencias, para que toda vez que você fizer eles realmente sejam especiais e
tenham sentido, por isso que até a rotina tem sua importância num
relacionamento, porque a quebra da mesma é sempre um fato que causa renovações
de ânimos, sentimentos e propósitos.
Da mesma forma o inverso também se aplica, entrega e
atitudes de menos é extremamente prejudicial e desaconselhado quando se deseja
um relacionamento longevo, falta de atitudes, de palavras e de reciprocidade
geralmente estão associadas com falta de interesse. E se você se expressa pouco
por timidez ou por ser uma pessoa retraída então busque formas diferentes, se
não consegue falar então faça, se não consegue fazer, escreva, enfim, existem
muitas maneiras de demonstrar o que
sente, e se a pessoa que você ama te conhece, ela saberá identificar sua
maneira de expressão e vai sim valorizar e ser recíproca (o).
O que não podemos é cometer excessos, não é à toa que nosso corpo
e mente foram concebidos da maneira e formato como são, Deus foi muito
especifico no que queria quando no fez com 1 boca, dois ouvidos e 4 membros
(pernas e braços). Fale pouco, escute pelo menos o dobro do que fala, e faça
muito, faça muito mais do que fala ou escuta. Nossas atitudes é que nos dizem
quem somos, e nossas atitudes é que nos proporcionam a chance de tentar,
acertar, errar e mais importante do que isso, aprender. Porque fazendo aprendemos
e fixamos o aprendizado com muito mais eficiência. Então mãos a obra!